Quintas, AlexandreCorreia, Joana Rita Martins2017-01-192017-01-192016-10http://hdl.handle.net/10400.26/17618Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas MonizAs doenças neurodegenerativas são doenças crónicas de caráter degenerativo que se caracterizam pela disfunção e perda progressiva de neurónios no sistema nervoso central (SNC). Estas patologias afetam cerca de 37 milhões de pessoas em todo o mundo e a tendência é crescente. Estima-se que o número de indivíduos com algum tipo de neurodegenerescência duplique a cada 20 anos, o que faz com que as doenças neurodegenerativas sejam consideradas uma das maiores preocupações da comunidade científica e da sociedade em geral. A doença de Alzheimer, a doença de Parkinson e a esclerose múltipla são alguns exemplos das inúmeras doenças existentes que apresentam um foro neurodegenerativo. Apesar de toda a investigação e pesquisa de que têm sido alvo, a etiologia e os mecanismos neuropatológicos subjacentes a estas doenças continuam por compreender. Recentemente, através de várias evidências epidemiológicas, experimentais e estudos emergentes surge mais uma hipótese que tenta explicar a etiologia destas patologias que aponta para um possível envolvimento de agentes infeciosos na patogénese e/ou progressão dos processos neurodegenerativos. É proposto que determinados agentes infeciosos detêm a capacidade de entrar no SNC e de estabelecer uma infeção crónica que conduz à danificação progressiva da viabilidade neuronal. Os agentes infeciosos, quando presentes no SNC, são responsáveis por desencadear uma série de eventos neurotóxicos que parecem ser cumulativos ao longo do tempo e com o avanço da idade. Concomitantemente os fatores genéticos e/ou ambientais concorrem para gerar, amplificar e/ou acelerar o processo neurodegenerativo. São cada vez mais as evidências que suportam esta hipótese. Na verdade, estudos recentes sugerem que os agentes infeciosos são capazes de produzir marcas moleculares patogénicas típicas da neurodegenerescência, nomeadamente a formação e a deposição de proteínas misfolded, disfunção mitocondrial e sináptica, stress oxidativo, processos autofágicos deficientes e neuroinflamação. Contudo, esta associação ainda é controversa e a grande parte das correlações entre os agentes infeciosos e as doenças neurodegenerativas não estão comprovadas.porDoenças neurodegenerativasAgentes infeciososNeurodegenerescênciaSistema nervoso centralRelação entre infeções do sistema nervoso central e as doenças neurodegenerativasmaster thesis201451174