Browsing by Author "Mendes, Ana Carla Duarte"
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- Plantas Aromáticas e Medicinais Biológicas: caracterização do ferfil de consumo em PortugalPublication . Mendes, Ana Carla Duarte; Botelho, Goreti Maria dos AnjosA produção e o consumo de produtos biológicos têm vindo a crescer em Portugal. Assim, e com o objetivo de perceber os hábitos de consumo de plantas aromáticas e medicinais biológicas (PAMB) desenvolveu-se o presente estudo. Foi elaborado e partilhado nas redes sociais um questionário online. O questionário incluiu um total de 30 questões que podem ser agrupadas em 3 partes. Uma parte inicial de caracterização sociodemográfica e socioeconómica da amostra, um conjunto de questões relativas ao local de aquisição e modo apresentação das PAMB e uma questão, fraturante, relativamente à preocupação com os seus modos de produção. A segunda parte com questões direcionadas à identificação das PAMB mais consumidas, seus hábitos e frequência de consumo e modo de preparação e confeção. A terceira parte com questões relativas aos principais benefícios das PAMB e o conhecimento sobre as suas propriedades nutricionais e químicas, terminando com questões relacionadas com o nível de qualidade de informação e canais de aquisição do conhecimento. Foram obtidas 300 respostas no total, sendo que, uma vez que 33% indicaram que não tinham preocupação em consumir produtos biológicos, pelo que, foram consideradas 67% de questionários para análise estatística descritiva dos resultados. As PAMB mais mencionadas foram, para consumo em fresco: salsa (Petrosselinum crispum, 61,7%), alho (Allium sativum, 56,3%), coentro (Coriandrum sativum, 52,3%), e para consumo em “seco”, foram: orégãos (Origanum vulgare , 50%), erva-cidreira (Melissa officinalis, 33%), lúcia-lima (Aloysia citrodora , 31,3%). No que respeita à compra, a mulher é a principal responsável por esta tarefa. As grandes e médias superfícies são os locais habituais para a aquisição e não é difícil encontrarem as variedades pretendidas, sendo que a aquisição de produtos frescos a granel de produção biológica é a primeira opção nas duas situações. Em relação às utilizações, os inquiridos têm por hábito adicionar PAMB às refeições que preparam e metade da amostra tem nas suas casas entre 7 e 15 variedades. A frequência de consumo diária dos inquiridos é de 44,3% nas PAMB. Os pratos principais são a primeira escolha mais utilizado é o cru; relativamente à sua utilização em bebidas verifica-se 77,1% em infusões. Foram mencionados vários aspetos de saúde que induzem este consumo das PAMB. Os aspetos de saúde mencionados foram as propriedades anti-inflamatórias, 67,7%, prevenção de doenças cardiovasculares, 62,7%, prevenção de colesterol elevado, 60,2%, prevenção de doenças gastrointestinais, 55,7%, prevenção de hipertensão arterial, 55,7%, prevenção de obesidade, 50,2%, prevenção de diabetes, 46,8% e propriedades antienvelhecimento 43,3%. Relativamente ao nível de informação das propriedades nutricionais e químicas das PAMB, os inquiridos consideram-se suficientemente informados , 40,2%, pouco informados, 16,9%, e insuficiente informados, 2,5%, sendo que a origem dessa informação, 57,7% é do percurso académico, 53,7% de livros e revistas e 49,8% da internet. O consumo de PAMB é, para grande parte dos participantes no estudo, diário e frequente, com diversas aplicações culinárias. A principal razão apontada para o seu consumo é o benefício para a saúde, seguido dos benefícios para o ambiente e para minimizar o consumo de sal. Da análise das principais fontes de Informação sobre as propriedades nutricionais das PAMB sobressai a oportunidade que existe de se aumentar a literacia sobre estes produtos de forma a promover um maior consumo informado por parte da população.