Browsing by Author "Fernandes, Maria Madalena Coelho"
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- Stress Ocupacional nos Enfermeiros em Contexto HospitalarPublication . Fernandes, Maria Madalena Coelho; Lucas, Pedro Ricardo Martins BernardesO stress ocupacional tem sido uma área muito debatida no domínio da investigação científica, devido aos custos e efeitos a nível individual e organizacional. Os autores tem demonstrado interesse crescente na compreensão deste fenómeno, em termos da sua incidência e prevalência nas mais variadas profissões. Em Portugal, verificou-se que esse estudo é muito escasso nos profissionais de saúde. A evidência científica refere que o stress ocupacional tem efeito negativo na saúde e no bem-estar dos profissionais de saúde, em termos de satisfação profissional, das queixas físicas e psicológicas e do absentismo, para além de implicar na eficácia do seu desempenho profissional e na qualidade dos cuidados prestados, assim como nos outcomes para o cliente. Os enfermeiros são o grupo profissional mais sujeito a altos níveis de stress pois vivenciam na sua prática, situações de maior exaustão emocional, contato com o sofrimento e dor. Assim, realizamos um estudo quantitativo, descritivo e transversal, tendo como pergunta de investigação: “Qual o nível de stress dos Enfermeiros que desempenham funções num serviço hospitalar de Ginecologia/ Obstetrícia?” O objetivo geral foi: Avaliar o stress ocupacional dos Enfermeiros num serviço de internamento hospitalar de Ginecologia/Obstetrícia, e os objetivos específicos foram: a) Avaliar o stress profissional dos enfermeiros, através do instrumento Escala de Stress Profissional em Enfermeiros nas suas quatro dimensões, Sobrecarga de trabalho dos enfermeiros; Interação/relação com os outros profissionais de saúde, utentes e família; Contato com os utentes em sofrimento ou dor; Perceção sobre o seu papel na equipa de cuidados. b) Identificar a relação entre o stress profissional e os fatores sociodemográficos e profissionais. Dos 84 enfermeiros inquiridos, responderam 61 enfermeiros, dos quais 60 são do sexo feminino e 1 do sexo masculino. Em relação à idade dos participantes ela varia entre os 25 e os 68 anos, com uma média de 44,38 anos. No que diz respeito à situação familiar, 67,2% são casados. Quanto às habilitações literárias, 82% são licenciados, sendo que 60,7% são enfermeiros especialistas. Em relação ao tempo de atividade profissional, apresentam uma média de 20,52 anos e no serviço atual apresentam uma média de 11,03 anos. Tendo em conta o instrumento de avaliação utilizado (ESPE), as suas dimensões, e tendo em conta o primeiro objetivo especifico deste estudo, podemos concluir que a dimensão que apresenta maiores níveis de stress profissional é, à semelhança de estudos idênticos, o “Contato com a morte e dor” com um valor de média de 3,40, seguido pela dimensão “Sobrecarga” com um valor de média 3,24. A dimensão que apresentou níveis mais baixos de stress profissional foi a dimensão “Ambiguidade de papel” com uma média de 2,28. Não se verificou relação entre as variáveis sociodemográficas e profissionais com o stress profissional nos enfermeiros estudados, o que nos permite dizer que não existe uma relação direta entre estas variáveis e o stress profissional.